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terça-feira, 29 de junho de 2010

Slow & Tired

O Corrosion Of Conformity (C.o.C), lançou em 1994 um dos melhores álbuns de Stoner Rock que já ouvi, Deliverance. O estranho é que a banda não fazia esse tipo de som antes, tendo começado como uma banda de crossover e depois passando pelo Thrash metal (Blind, 1991. Recomendo...).
Quando o vocalista Karl Agell saiu, Pepper Keenan (guitarrista  que entrou na banda em 85), assumiu os vocais. Com a mudança no line up veio a transformação na sonoridade. Stoner de primeira, incrível, lindo. Arrastado, BEM pesado e com ótimas letras cheias de sarcasmo, característica remanescente da época em que faziam um hardcore bem sujo.
Esse disco é tão forte que influenciou muito o metallica durante a década de 90,além de tornar o C.o.C. uma das bandas mais rentáveis da cena Stoner mundial. Todo o disco é bom, mas destaco a segunda faixa do disco, Albatroz (que o Metallica regravou...).
Pra ouvir no talo, Lsd com gosto de queijo nacho...

LINK PARA DOWNLOAD DO ÁLBUM DELIVERANCE (copiar e colar): http://www.mediafire.com/?02xzgccti3i

POSTADO POR RAFAEL

domingo, 27 de junho de 2010

Born To Kick Your Ass

Sou bem sincera quando digo que soube da existência da HQ a partir da publicidade do filme. Ou seja, nunca ouvi falar de kick-ass até quatro semanas atrás. Mas... Devido a suas boas críticas, tanto do filme quando dos quadrinhos, achei que a obra merecia mais que propaganda.
A HQ criada por Mark Millar e John Romita Jr., em 2008, conta a história de um garoto de 17 anos que resolve ser um super-herói para acabar com tédio do dia-a-dia. Mas após um vídeo contendo sua pessoa lutando contra uma gangue local surge na internet, Kick-Ass  se torna famoso inspirando várias outras pessoas comuns a se vestirem e agirem como um super-herói. No entanto, ao se envolver com uma máfia perigosa e com mais outros vigilantes fantasiados, o herói se vê com “his ass kicked!”
O quadrinho se vangloria nas porradas e comédia. Muito sangue, decapitações e pensamentos de um típico adolescente depravado (garotas, quadrinhos e pornografia). Embora o que eu senti falta foi de dinamismo e profundidade na narrativa. Mas gosto não se discute. É bem provável que a previsibilidade do roteiro seja proposital para dar mais leveza à história. E Kick-Ass também merece crédito por ter tirado a Marvel da rotina...
Bem... falando agora da adaptação para o cinema... Eu gostei! Claro que houve a marca de Hollywood no meio, ou seja, modificações no curso da história e, inclusive, de parte do final. Algumas necessárias para criar movimento e emoção, exigências do veículo. Já outras, eu acredito, subestimam a percepção do espectador e visa apenas satisfação dos produtores executivos. Mas é um filme que foi muito mais fiel à obra original do que a maioria das outras adaptações proveniente de histórias em quadrinhos, e não dispensou o sangue e a porrada, características marcantes e muitas vezes não valorizadas em grandes produções cinematográficas.
Enquanto lia o quadrinho, passava pela minha cabeça se essa história foi pensada simultaneamente em uma versão cinematográfica... Por apelar para certos clichês americanos e abusar das ironias e comicidades de um simples adolescente, o enredo se faz muito tentador a agradar o grande público. Mas a obra original também tem sua função de privilegiar os super-heróis. Claro, que todos nós já pensamos por que não existem heróis mascarados em nosso mundo, e porque não vemos também pessoas comuns defenderem com seu próprio corpo outras pessoas também ordinárias. Ou seja, a idéia central da história não é nova nem mesmo original. Mas o que faz dessa HQ tão incrível e heróica é que finalmente alguém resolveu escrever essa “nossa história” em quadrinhos. 

Kick-Ass (HQ), pode ser baixado no blog Torrodos Anônimos (http://torrodosanonimos.blogspot.com/2010/05/to-get-your-ass-kicked.html), e o filme também já se encontra solto pela net.
POSTADO POR VANESSA

sábado, 26 de junho de 2010

Disfruten el Viaje ...

Sonidos del Viento, Agua y Tormenta brillo del Sol. Poder Delmar 

O post de hoje é dedicado ao Los Natas. Uma banda de stoner rock argentina formada em 1994 e fortemente influenciada pelo som do Kyuss ( The Godfather of 90’s stoned rock). Mas a banda não meramente copiou o som do Kyuss. O que se vê neste álbum de estréia da banda é uma coisa fora do comum, para mim pelo menos. O disco é cheio de devaneios, contando inclusive com algumas faixas instrumentais, é verdade que a chapação reina. Mas em algumas faixas como “I love you” , “windblows” e “El Negro” a fúria e as viagens de improvisos proguessivos estão dosadas na medida certa. A banda ainda formava uma identidade na época da gravação deste disco e as composições tanto eram em inglês quanto em espanhol, depois adotaram somente o idioma espanhol para suas músicas.Los Natas tem muita influencia de bandas de space-rock como Hawkwind, o qual a banda regravou “Brainstorm” e rebatizou de “tormenta mental”, talvez seja por isso tantos devaneios. Mas os devaneios aqui são pesados e cheio de fuzz. O começo do disco com um baixo matador e uma guitarra hipnotizante montam logo em sua mente este cenário da capa do disco, com o sol e os cactos em um deserto, e mostra pra que a banda veio. Este som é perfeito para uma viagem, coloque no cd player, pegue aquele headphone rochedo e desfrute a viagem.

POSTADO POR PABLO BITU

Link Para download:
http://www.4shared.com/file/XyzhvvQq/Los_Natas_-_Delmar.html

P.S.: Este disco foi originalmente lançado em 1996, mas essa edição foi remasterizada em 2009 e depois relançado.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Bad Karma

O post de hoje será sobre uma banda que tenho escutado muito nos últimos dias, Spiritual Beggars. Feriadão stoner...
Spiritual Beggars é uma banda de stoner da Suécia, que começou como um projeto paralelo de Michael Amott, na época guitarrista do Carcass. O grupo foi formado em 1993 e costuma lançar discos sempre que Amott tem tempo (afinal sua banda principal atualmente é o Arch Enemy). Lançou seu debut em 1994, o álbum homônimo Spiritual Beggars. Em minha opinião, seu melhor trabalho.
Não há muito o que falar sobre o disco, puro stoner. Lisérgico e extremamente preciso, Amott alterna momentos mais psicodélicos e pesados nas guitarras. O vocal de Christian "Spice" Sjöstrand (que também toca baixo no álbum), lembra muito o de John Garcia do Kyuss e Ludwig Witt faz um excelente trabalho na bateria. Enfim, um disco realmente bem feito, destaque para "Yearly Dying" e "Blind Mountain" (que foi regravada posteriormente no disco Another Way To Shine, numa versão um pouco diferente).
Infelizmente, depois do lançamento de quatro ótimos discos, a banda trocou de vocalista e mudou a sonoridade para um heavy/hard, em minha opinião, decepcionante. Fiquemos com o que presta...
Boa viagem!

ÁLBUNS RECOMENDADOS:

Spiritual Beggars (1994)
Another Way To Shine (1996)
Mantra III (1998)
Ad Astra (2000)

LINK PARA DOWNLOAD DO ÁLBUM SPIRITUAL BEGGARS (copiar e colar): http://rapidshare.com/files/135411907/Spiritual_Beggars-_Self_Titled.rar

POSTADO POR RAFAEL

terça-feira, 22 de junho de 2010

Rockin’ The Cat


Um belo dia, fuçando na net, esbarrei num projeto Rockabilly de Lemmy Kilmister (fundador, vocalista, baixista e dono do Motörhead, minha banda preferida), juntamente com o baterista do Straycats (outra banda que curto muito), e um guitarrista que nunca tinha visto mais gordo. Óbvio, baixei o disco imediatamente. Não foi tudo que eu esperava, mas...
Depois de participar de um disco-tributo a Elvis (Swing Cats, 2000), Lemmy, Slim Jim Phantom (bateria e percussão, Straycats), e Danny B. Harvey (guitarra e teclados, Lonesome Spurs e The Rockats), ainda no estúdio, fizeram uma Jam session, tocando as músicas favoritas de Lem. Apenas Buddy Holly, Eddie Cochran e Johnny Cash. A brincadeira foi tão boa que resolveram levar o projeto a sério...
Formaram o The Head Cat, misturando os nomes das bandas de Lem, Slim Jim e Danny. Algo parecido foi feito na década de 80 para a gravação do EP St. Valentine’s Day Massacre, numa parceria entre o Motörhead e o Girlschool (formando o “Headgrirl”). Depois de várias apresentações, lançaram o disco Fool’s Paradise (2006), contendo apenas covers dos artistas que inspiraram toda a estória. As músicas são ótimas, os músicos que as tocam idem. Lemmy não é exatamente o melhor vocalista do mundo e em alguns momentos do álbum não é muito feliz na interpretação das músicas.  Mas, no geral, desempenha bem seu papel. Dos outros músicos não há muito que dizer, fazem o seu e nada mais. Arranjos simples, violões e bateria. Praticamente acústico, música de bar. Destaque para “Big River”, cover de Johnny Cash.
Particularmente, creio que o que me decepcionou foi a “fidelidade” com que as músicas foram tratadas. Respeito até demais. Esperava que fossem releituras, remetendo as bandas dos integrantes do projeto, especialmente o Straycats. Nada que torne o projeto ruim, apenas um pouco frustrante para quem curte o background dos artistas envolvidos e sabe que pode esperar algo mais.
Os três se apresentam freqüentemente, principalmente em bares e pequenas casa de show. Nessas ocasiões, Lemmy não toca violão, como no álbum, e sim seu tradicional baixo Rickenbaker. Diz não tocar violão tão bem...
No mais, um projeto interessante, boa música, divertimento certo. Se possível, escute bebendo uísque ou cerveja...

LINK PARA DOWNLOAD DO ÁLBUM FOOL’S PARADISE (copiar e colar): http://rapidshare.com/files/61086542/HeadCat.rar
POSTADO POR RAFAEL

Punk Introspective Spaghetti Western Chicano Rock

Postado em 20/06/10
Depois da vitória do México sobre a França (que me deixou muito feliz), não consegui escrever sobre outra coisa que não sobre os outros trabalhos de Tito Larriva (cantor/guitarrista/compositor/ator mexicano-estadunindense, frontman do Tito & Tarantula), Cruzados e Psychotic Aztecs...

Cruzados surgiu em 1984, na cidade de Los Angeles, durante a terceira formação da banda punk The Plugz. A banda consistia em Tito Larriva (vocal, guitarra base), Chalo Quintana (bateria e percussão), Steven Hufsteter (guitarra solo), e Tony Marsico (backing vocals e baixo). Chamou alguma atenção, recebendo elogios de figuras como Bob Dylan, Billy Joel, Brian Setzer, Neil Young, John Forgety e David Byrne. Lançaram dois discos pela Arista, Cruzados (1985), e After Dark (1987). Gravaram um terceiro álbum que não chegou a ser lançado. Pena. Os dois discos são ótimos, mesmo. Um pré-Tito & Tarantula, levemente punk, com a sonoridade característica dos anos oitenta. Rock’n’Roll chicano de primeira, com pitadas de rockabilly e blues. Recomendo os dois álbuns. Depois do problema com a Arista e algumas reformulações no line-up, a banda se separou em 1990. Tito trabalhou em algumas trilhas sonoras, conheceu Robert Rodriguez (diretor de filmes como “Desperado” e “From Dusk ‘Til Dawn”), e formou o T & T, seu trabalho mais conhecido.

Em 1999, sempre em L.A.. já tendo lançado dois discos pelo T & T, Tito uniu-se com Steven Medina (guitarra), john Avila (backing vocals e baixo), e Johnny “Vatos” Hernandez (bateria e percussão), e um trabalho que seria apenas uma sessão de estúdio tornou-se uma banda, Psychotic Aztecs. Lançaram apenas um álbum, Santa Sangre, pelo selo Grita. Formado por músicos experientes, como o próprio Tito e membros do Oingo Bongo (John Avila e Johnny Vatos), o projeto tem alguma semelhança com T & T, mas trata-se de um som mais psicodélico, setentista. As músicas têm atmosfera, um clima meio surreal (pelo menos pra mim...). Letras cantadas em espanhol, composições resultantes da fusão de culturas dos membros da banda, guitarras que em alguns momentos lembram o Led Zeppelin (Medina realiza um trabalho incrível com seu estilo “spaghetti western” na guitarra solo, embora não seja um membro fixo na banda), e uma incrível cozinha rítmica (psicótica, culpa dos loucos do Oingo Boingo), tornam esse trabalho único, diminuindo a comparação com a principal banda de Larriva.

Vontade de beber tequila...

LINK PARA DOWNLOAD DO ÁLBUM CRUZADOS (copiar e colar): http://rs371.rapidshare.com/files/141441097/PVAc0014.rar

LINK PARA DOWNLOAD DO ÁLBUM AFTER DARK (copiar e colar): http://rs219.rapidshare.com/files/117047333/CRUZADOS-After_Dark.zip

LINK PARA DOWNLOAD DO ÁLBUM SANTA SANGRE (copiar e colar): http://www.megaupload.com/?d=6IZONPKZ

POSTADO POR RAFAEL

sábado, 19 de junho de 2010

Gringos Louco

Loco Gringos Have a Party - The South American STONER ROCK

A região montanhosa do Peru e do Chile; a Patagônia e a Terra do Fogo na Argentina; os planaltos, os chapadões e os serrados brasileiros, tudo isso é cenário perfeito para um clipe ou edição de imagens digna, para nenhuma banda de stoner rock botar defeito. A América do Sul tem tudo a ver com o stoner rock, e por isso vem proliferando o surgimento de bandas que fazem esse tipo de som. Mas, hoje em dia ficou mais fácil gravar, com o advento da tecnologia, mas também ficou mais díficil ganhar notoridade com uma infinidade de banda que surge a todo momento. Essa coletânea lançada em 2004 tenta dar uma panorama geral na cena stoner rock latino americana, para que excelentes bandas não passem despercebida na história do suado rock feito abaixo da linha do equador. A maioria das bandas são da Argentina ou do Brasil, mas as bandas do Chile e do Peru(que tem uma cena de garage rock muito forte) mandam muitíssimo bem. A banda Walverdes do Rio Grande do Sul participa do cd com um take alternativo da canção "seja mais certo" do que saiu no cd "playback" um ano depois, sendo a que saiu na compilação é mais crua e mais lenta (melhor pra mim). Mechanics também do brasil manda um stoner envenenado com um quê de surf music, vale a pena conferir e só ouvindo pra acreditar. Mechanics que lançou há poucos anos atrás um cd com um quadrinhos, uma proposta bem peculiar para o underground brasileiro. Mas o grande destaque para mim fica por conta dos argentinos dos Los Natas com a última faixa, "el cono del encono", a banda que mandava um stoner básico começa a mostrar uma maturidade surpreendente nessa faixa e passa longe das chapações na hora do improviso, tudo bem amarrado.
Esse disco saiu numa parceria entre dois selos, o argentino Días de Garage e o brasileiro Válvula Discos. O encarte é escrito em inglês, português e em espanhol; assim como o nome da coletânea que mistura os três idiomas: " Loco Gringos Have a Party".

link para download: http://www.4shared.com/file/eW5iBOac/VA_Loco_Gringos_Have_a_Party.html

POSTADO POR PABLO BITU

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sandman

O que você faria se fosse o Rei do Mundo dos Sonhos:
a) Interferiria na Revolução Francesa de 1789?
b) Inspiraria Shakespare a criar Um Sonho de uma Noite de Verão?
c) Concederia a eternidade a quem ousar não querer morrer?
De fato, ter a responsabilidade de governar um mundo de ilusão, fantasia e desejos não é tarefa de universitários, como eu. Mas Neil Gaiman mostrou como um ser de tamanho poder pode ser e ter tantas características mortais quanto uma formiga.
Sandman (1987), obra prima do autor mencionado, é, para mim, uma arte literária com ilustrações artísticas e enriquecedoras referências. Além de as capas terem a magia do incrível Dave MacKean, as ilustrações criadas por diversos artistas proporcionam versatilidade ao mundo ilusório e onírico. Cheia de intrigantes personagens como Lúcifer, Constantine e Highlander, poesia, contos, e por que não, música, Gaiman criou uma das histórias em quadrinhos mais contempladas da atualidade.
O personagem Sandman não surgiu simplesmente através de sonhos na mente do Gaiman. Ele foi originalmente criado por Simon Kirby e Fleisher nos anos 70 para compor um dos aliados da Liga da Justiça. Este personagem usava uma máscara de gás, tinha um rubi com poderes mágicos e uma algibeira de areia do sono. Como já aconteceu com vários outros coadjuvantes da DC de ganhar sua própria revistinha, foi concedida a Gaiman a oportunidade de criar uma para o Senhor dos Sonhos. No entanto, as características entre o amigo do Super-Homem e da entidade Onírica se limitam ao nome e ao elmo. Neil criou todo um universo, uma personalidade ao personagem que o distancia de qualquer referência a aquele homem que luta pela justiça e jogo areia nos olhos das criancinhas para fazer-las dormir.
A HQ tem como protagonista o ser que dá título à obra, (que também pode ser chamado de Morpheus, Sonho, Oneiros, Senhor Moldador, etc) e conta a história e experiências de Sonho, ser melancólico de temperamento difícil, de pele muito branca, cabelos e vestes sempre escuras e olhos que nem estrelas, a cerca do mundo onírico, familiar, e do mortal. Por ser uma entidade que viaja pelo imaginário das pessoas, o Sr. dos Sonhos ultrapassa os limites do tempo e da tida realidade. Sandman não é santo, nem deus, nem imortal, é um Perpétuo (The Endless) responsável pelo mundo dos sonhos e pelo equilíbrio do universo.
Morpheus é o terceiro de sete irmãos, sendo o primeiro Destino, seguidamente da Morte, Destruição, os gêmeos Desejo e Desespero e a caçula Delírio, que um dia já foi Deleite. (em inglês: Destiny, Death, Dream, Destruction, Despair, Desire, Delirium) Cada um deles vive e ordena seu domínio visando o bom funcionamento de todos os mundos.
O Sonhar é o domínio do Senhor dos Sonhos e mundo das ligações de todos os sonhos de todas as pessoas existentes. O Castelo do Sonhar, além de ter a curiosa característica de mudar constantemente a aparência de acordo com o humor de seu senhor, é também moradia dos súditos Lúcien, responsável pela biblioteca que arquiva todos os sonhos sonhados, Mervv Pumpkinhead, zelador e faz tudo, e os irmãos Caim e Abel.
A obra é divida em 12 ciclos, e em média 75 exemplares e 10 extras (histórias/contos paralelos à narrativa principal), que juntos formam a mais complexa e densa saga da história dos quadrinhos. É também a HQ com a maior quantidade de prêmios acumulados, assim como seu autor, com 13 Eisner Awards (o Oscar dos Quadrinhos).
Sandman é um dos meus quadrinhos favoritos, e seu autor o escritor que eu mais admiro. Além de quadrinhos Neil Gaiman também proporciona suas fantasias à romances ficcionais, contos, e literatura infantil. Mas isso fica para um post futuro, já que já extrapolei (e muito) meus ansiosos comentários.

“LÚCIFER – Com ou sem o elmo, você não tem nenhum poder aqui... Que força tem os sonhos no inferno?
SONHO – Você diz que não tenho poder... Talvez tenha razão... Mas dizer que os sonhos não tem nenhum poder aqui?!... Você Lúcifer, diga-me... E todos vocês demônios perguntem-se... Que poder teria o Inferno, se os prisioneiros daqui não fossem capazes de sonhar com o Céu?” (Prelúdios e Noturnos – Vol. 04)

Bons Sonhos.

POSTADO POR VANESSA BARBOSA

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Women


Quem me conhece sabe da admiração que tenho pela obra de Charles Bukowski (1920-1994). Bêbado, indecente, vagabundo, são os adjetivos mais frequentementes atribuídos ao “velho safado”, principalmente por quem encara mais superficialmente seus trabalhos. Não tenho a pretensão de dizer que tenho uma interpretação “correta” de sua obra, mas encaro de forma diferente o que ele escreveu. Especialmente o romance Mulheres, de 1976.
Henry Chinaski, alter ego de Bukowski, presente em quase todos os seus romances (com exceção de Pulp, de 1994), vive situações extremamente autobiográficas, próprias do universo de Buk, na Los Angeles suja e devassada em que viveu.
Como o título da obra sugere, o centro da estória são os relacionamentos de Hank (apelido tanto de Charles quanto de Henry), com diversas mulheres e as conseqüências desses envolvimentos.
Sem tesão pra ser crítico literário (e a capacidade), não vou me prolongar numa resenha. Mas não consigo evitar falar sobre o impacto que esse livro teve em minha vida. Não foi o primeiro livro dele que li, mas com certeza o que mais me marcou. Pra quem nunca teve contato com sua literatura, pode ser incomodo o caráter excessivamente autobiográfico de seus livros. Buk sempre teve uma atitude de distanciamento, alheamento auto-imposto, um ressentimento pela humanidade. Obviamente, isso interfere em seus relacionamentos amorosos. Machista, rude, um imbecil. Na superfície. Às vezes, até contra sua vontade, ele não é capaz de esconder seus sentimentos, e derrama toda a beleza que vivia restrita em sua poesia. No meio da sujeira da vida cotidiana, abaixo da maquiagem da megera que é a vida, a beleza incontestável de pequenos acontecimentos entre duas pessoas. Longe de mim querer explicar (ou entender) o homem Bukowski (ou Chinaski, que dá no mesmo), mas ao ler um número considerável de suas obras, acredito que boa parte de seu cinismo e rudeza vinham de uma enorme capacidade de amar, nem sempre correspondida. Dizer que ele não teve uma vida fácil seria um eufemismo (recomendo o livro Misto Quente), e isso o marcou mais profundamente do que a acne de seu rosto que o assolou na adolescência. Sua dificuldade de lidar com as pessoas, especialmente com mulheres, fãs, ídolos, autoridades, patrões e o resto da humanidade manifesta-se nessa obra, em meio às companheiras quem vem e vão, levando pedaços e deixando lições.
A vida não é assim?

LINK PARA DOWNLOAD DO LIVRO MULHERES (copiar e colar): http://www.4shared.com/account/file/29284377/a7fe007b/MULHERES_-_Charles_Bukowski.html

POSTADO POR RAFAEL

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Bang, Bang You're Terry Reid

O que dizer de um vocalista que pode se gabar de ter recusado propostas de cantar no Led Zeppelin e Deep Purple?
Particularmente, acho ótimo que isso tenha acontecido. Ao ouvir um ‘não’ de Terry Reid, cantor, guitarrista e compositor inglês, Jimmy Page, que estava montando o New Yardbirds (embrião do Zeppelin), teve de ir atrás de Robert Plant, indicação do próprio Reid. Já o Purple teve que se “contentar” com Ian Gillan no lugar de Rod Evans. Óbvio que Terry não sabia o quão grandes essa bandas se tornariam. Muito maiores que sua carreira, inclusive, o que não significa que seu trabalho seja medíocre. Muito pelo contrário. E por isso que agradeço aos céus por ele não ter aceitado nenhum dos dois convites. Assim, tivemos o Zeppelin com Plant, a brilhante MK2 do Deep Purple e a carreira solo de Reid, irregular, porém com alguns trabalhos belíssimos.
Antes de resolver tornar-se mero músico de estúdio e depois de se aventurar em algumas bandas que não foram adiante, Reid lançou alguns álbuns solos magníficos. Destaco dois: Terry Reid (1969), e Seed Of Memory (1976).
Desses dois álbuns, Recomendo especialmente o segundo. Creio que ele seja mais diversificado, bem feito, completo. Soul, funk, rock, folk. Tudo presente. Músicas bem diferentes entre si, uma ótima banda de apoio e belas composições. Não foi a toa que Reid recebeu aqueles convites. Além de ótimo guitarrista, trata-se de um excepcional vocalista. Versátil e preciso. Sua voz se encaixa muito bem nos diversos estilos que permeiam o disco, seja uma balada (“Treated To Be Rite”), um rock’n’roll (“The Way We Walk”), ou funk (“Ooh Baby”).
Altamente recomendado...

LINK PARA DOWNLOAD DO ÁLBUM SEED OF MEMORY (copiar e colar): http://rs215.rapidshare.com/files/59393210/1976_SEED_OF_MEMORY.rar

POSTADO POR RAFAEL

sábado, 12 de junho de 2010

In The Wee Wee Hours

Em comum com a grande maioria dos bluesmen de sua época, só o fato de ser negro. Screamin' Jay Hawkins era único. Teatral, cômico e macabro, influência óbvia para artistas como Alice Cooper. Em suas músicas, não acordava pela manhã ou seu telefone tocava, nem chorava pelas mulheres que o deixavam. Ele lançava feitiços nelas. Ou era enfeitiçado. Sua música não falava de dor subjetiva, emocional. Falava de dor física, terminações nervosas. Ao invés da guitarra, um piano. Vestia-se como um feiticeiro africano. Usava presas abaixo do nariz. Olhos arregalados, gritava e berrava. E cantava muito.
Tentou ser cantor de ópera, foi boxeador (campeão peso-médio do Alaska), lutou na II guerra (começou como "entertainer" para os soldados, foi capturado e torturado. Rumores dizem que matou o chefe dos torturadores colocando uma granada em sua boca e explodindo sua cabeça), mas firmou-se como cantor e compositor. 
Sua música mais famosa, "I Put A Spell On You" (regravada pelo Creedence Clearwater Revival), de 1956, foi gravada numa sessão em que toda a banda estava intoxicada. Screamin' Jay desmaiou depois de concluir a música e não se lembrava da letra, tendo que utilizar a gravação para aprender a canta-la. Nunca repetiu o sucesso dessa canção, mas conseguiu chamar atenção com outras composições como "Constipation Blues" e "Feast Of The Mau Mau". Suas músicas eram constantemente banidas das rádios devido ao forte apelo sexual de suas letras e interpretações.
Participou de vários filmes interpretando personagens ou sendo ele mesmo, entre eles "Strangers Than Paradise", de Jim Jarsmuch.
No final de sua carreira fez parcerias com bandas undergrounds como The Fuzztones e Dread Zeppelin e excursionou com The Clash e Nick Cave.
Morreu em 2000, aos 71 anos, em decorrência de uma cirurgia para tratar um aneurisma. Deixou 55 filhos com várias mulheres, porém investigações posteriores estimam 75 herdeiros.
Se fosse ficção, ninguém acreditaria.

LINK PARA DOWNLOAD DO ÁLBUM VOODOO JIVE-THE BEST OF... (copiar e colar):  http://rapidshare.com/files/127946704/Voodoo_Jive_The_Best_Of_Screamin__Jay_Hawkins.rar

POSTADO POR RAFAEL

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Them Crooked Vultures


Dave Grohl, guitarrista e vocalista do Foo Fighters, conseguiu unir suas baquetas, lembrando o tempo de Nirvana, com o guitarrista Josh Hommes (Queens Of The Stone Age), e o baixista John Paul Jones, ex- Led Zeppelin, portanto dispensa comentários.
Falando do disco, riffs poderosos, guitarras eletrizantes e uma seção rítmica de primeira, são características marcantes desse álbum homônimo, THEM CROOKED VULTURES, que não deve ficar de fora da sua coleção, nem que seja do seu HD.
Das 13 músicas destaco “No One Loves Me & Neither Do I” e “Reptiles”, as duas bem Zeppelianas. Destaque também para “Elephants”, com uma bateria energizante e um riff envenenado e para a psicodélica "Interlude With Ludes". E a melhor faixa do disco, na minha opinião, “Scumbag Blues”,  com um timbre de guitarra bem diferente e um clima meio sinistro no meio da música, bem QOTSA.
O Chickenfoot é outra superbanda que surgiu recentemente. Ela reúne dois ex-Van Halen - Sammy Hagar e Michael Anthony - além do baterista Chad Smith, do Red Hot Chilli Peppers e do guitarrista virtuose Joe Satriani. Coincidência ou não, assim como o Them Crooked Vultures, a banda também tem uma ave no nome. Seu disco de estréia, também homônimo, saiu em 2008 e trouxe 11 faixas de composições próprias e bem trabalhadas. Porem o seu futuro é incerto, visto que o Red Hot anunciou que voltará a atividade. Resta saber se Chad Smith conseguirá conciliar os dois trabalhos.
Outra banda de antigas estrelas consagradas que está para lançar disco de estréia em setembro é a Black Country Communion, uma iniciativa de Gleen Hughes (ex Trapeze, ex Deep Purple), com o guitarrista Joe Bonamassa (pra mim um dos melhores guitarristas da atualidade), ao tocarem juntos no Guitar Centre’s King of Blues. Os dois se uniram ao grande tecladista Derek Sherenian (ex-Dream Theater, Alice Cooper e Kiss), e o baterista Jason Bonham, filho do mítico baterista falecido do Led Zeppelin, John Bonham.
Bem, aumente seu volume por que essas bandas estão dando o que falar. E que essas uniões durem e consigam fazer rock’n’roll que é o mais importante.

http://www.4shared.com/file/RUR0hCt9/Chickenfoot_-_Chickenfoot.html
http://www.4shared.com/file/00TojT6n/Them_Crooked_Vultures__2009_.html

POSTADO POR LEONARDO MENEZES

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Burning Black

O post de hoje é dedicado ao um som mais pesado e caótico. O Mindsnare é uma banda Australiana de Melbourne, um grande pólo industrial, formada em 1993. Toda a devastação e poluição da cidade natal deles é refletido no som e nas artes da banda. As artes lembram muito com as das bandas brasileiras surgidas no fim da década de 80 (Psychic Possessor, Ação direta etc) que misturavam hardcore com metal, o famoso crossover, estilo que foi seguido depois por dinossauros do punk rock como o Ratos de Porão e Exploited,  só pra citar alguns exemplos. É nessa simbiose que se encontra o som do Mindsnare, o som tem a rapidez e a crítica social do hardcore e o peso e a pegada do metal. A banda tem 6 discos lançados, alguns eps e splits. O álbum que disponibilizo para download é o sexto disco da carreira da banda, o ótimo "disturb the hive" lançado em 2007. Eu vi um show do Mindsnare em 2007 na época do lançamento deste disco e a banda estava afinadíssima. Não conhecia a banda antes do show, tinha ido para ver as outras duas atrações, Walls of Jericho e Unearth, mas o som do Mindsnare me causou uma impressão tão brutal que assim que eles acabaram de tocar fui comprar um cd deles. Para não guardar essa pedrada só pra mim compartilho agora com todos vocês essa pepita.

http://rapidshare.com/files/397521370/MINDSNARE_-_DISTURB_THE_HIVE.zip.html

POSTADO POR PABLO

terça-feira, 8 de junho de 2010

"Remember, remember, the 5th of november..."

Não poderia estrear os posts de quadrinhos com outra obra além de V de Vingança. Escrita por Allan Moore e ilustrada por David Lloyd, a história do anti-herói V permeia a imaginação e a lembrança daqueles adolescentes que um dia quiseram transformar o mundo com suas próprias mãos. Sendo eu uma desses sonhadores.
Com influências claras de 1984 de George Orwell e da histórica Conspiração da Pólvora, Moore conta a história de uma Inglaterra futurística e totalitária predominada pelo medo e pela ignorância. Fruto de uma guerra nuclear, o país sofre os toques de recolher, a ausência de privacidade, cultura e opinião. Mas quando, então, um sujeito, reconhecido simplesmente pela letra “V” inicia atentados à instituições públicas e à pessoas de influência política, a tida “paz” é quebrada, e questionamentos são levantados sobre o partido político vigente, a guerra, identidade e objetivo do famoso terrorista.
A obra escrita entre 1981 e 1988 é uma quase releitura do movimento de 1605 que marcou o 5 de novembro para toda a história da Inglaterra. A Conspiração da Pólvora foi um atentado mal sucedido de destruir o Parlamento inglês e assassinar o Rei James I, sendo Guy Fawkes o homem responsável pela detonação dos explosivos (não é simples coincidência o personagem V se vestir como um peregrino macabro). A simbologia que o Parlamento representa, no entanto, é o que difere uma história e outra. A Inglaterra celebra até hoje o dia 5 de novembro queimando uma réplica de Fawkes enquanto cantam:
“Remember, remember, the 5th of November
The gunpowder, treason and plot;
I know of no reason, why the gunpowder treason
Should ever be forgot.”

Rico em roteiro e arte Moore e Loyd construíram uma obra prima das artes gráficas. O universo sombrio do país tem as características de uma nação realisticamente fascista; A Cabeça (Olhos, Nariz, Boca, Ouvidos e Dedos), A Galeria Sombria e a Terra do Faça-O-Que-Quiser, devidamente elaborados; os perfis dos personagens meticulosamente trabalhados, principalmente do protagonista e da pequena Evey; e o suspense e mistério que permeia a narrativa foram incrivelmente intensificados pela ausência de efeito sonoros e balões de pensamento.
V de Vingança é uma HQ que merece ser lida, comentada, escrita, criticada, relida, etc. E para aqueles que assistiram ao filme, não se preocupem, vocês não perderam nada! A versão original conta uma história completamente diferente da adaptação cinematográfica, e claro muito mais rica em conteúdo (até hoje não compreendi o porquê os responsáveis resolveram modificar um história já perfeita!).
Enfim, fica aí a dica pra quem curte mistério, história, ação e, claro, quadrinhos.
Inglaterra Triunfa.
Para quem não conhece, existe o programa CDisplay criado propriamente para a leitura de quadrinhos. Este programa lê exclusivamente arquivos “cbr” ou arquivos “jpg” compactados em “rar”. Segue o link para download:
http://www.4shared.com/get/31378606/65ecd1f4/CDisplay_Setup.html

Tentei buscar o link da 1ª edição lançada no Brasil pela editora Globo, em 1989, mas infelizmente não tive sorte. Segue a edição brasileira lançada pela editora Panini, em 2006.
O arquivo hospedado neste site está em formato “rar”. Mas para ler através do CDisplay, basta clicar com o botão direito no arquivo ainda fechado, escolher “Abrir como...” e procurar pelo CDisplay.
http://www.4shared.com/get/64978509/4c567099/V_de_Vingana.html 

POSTADO POR VANESSA BARBOSA

Cucarachas enojadas


Postado em 06/06/10
Tito Tarantula foi uma grande surpresa para mim. Depois de ouvir uma música deles num filme, resolvi procurar algum material da banda, sem grandes expectativas. Me impressionei. Ouvi o disco Sally Lullabies e viajei no som. Levou um tempo pra digerir aquilo. Não que seja algo de outro mundo, ao contrário, rock'n'roll, nada mais. Mas ainda assim percebi que não conhecia nada parecido com aquilo...
Procurando mais material dos caras, me deparei com seu debut Tarantism (1997).

(longo suspiro)

Sem palavras. Um dos melhores álbuns que já ouvi em toda a minha vida. Perfeito. Bom da primeira à última música. Façam um favor a vocês: escutem esse disco. Sexy, malicioso, quente. Não falarei especificamente de nenhuma música pois o álbum todo é lindo.
Na verdade, esse disco é tão bom que tudo que eles fizeram depois fica eclipsado.
Não que eles não tenham lançado nada interessante. O Hungry Sally, anteriormente citado, é muito bom. Mas não se compara ao álbum de estréia. O que Tito Larriva e companhia fizeram naquele álbum é. Tanto que já estou me repetindo nos elogios...
PS : Tito Larriva, cantor/compositor/guitarrista/ator mexicano-americano, tem vários outros trabalhos interessantes. Num próximo post, falarei mais sobre esses projetos paralelos...

Álbuns recomendados:

Tarantism (1997)
Hungry Sally and Other Killer Lullabies (1999)
Andalucia (2002)
Back Into The Darkness (2008)

LINK PARA DOWNLOAD DO ÁLBUM TARANTISM (copiar e colar): http://rapidshare.com/files/102705898/TITO___TARANTULA_-_Tarantism.rar

POSTADO POR RAFAEL

No Pain Greater

Postado em 05/06/10
O fim de semana vai ser stoner! É o desejo de todos por aqui. Pra continuar com esse clima pesado, arrastado, bora beber, vou postar um belo single do The Obsessed, outro projeto do Scot 'Wino'. Esse single de 1994 faz parte do álbum "the church within", sendo comercializado previamente o lançamento do disco. As duas músicas contidas neste single estão no disco. Mas, todo o fã quer conhecer o máximo de informação possível da banda que tanto gosta. Então tá aí, tudo ripado diretamente do cd, capa, contracapa, encarte e, claro, o aúdio também. O encarte tem depoimentos de figuras carimbadas do rock como Phil Anselmo do Pantera, Jay Yunger do White Zombie e Henry Rollins ex Black Flag. White Zombie que inclusive excursionou com o The Obsessed na turnê desse disco. O depoimento mais marcante para mim, vocês podem baixar e ler os outros e tirar suas próprias conclusões, é o de Philip Anselmo onde ele fala " O Obsessed é uma coisa sutil...você tem que deixar o som inundar (numa tradução livre)"

Link para download: http://rapidshare.com/files/395513029/The_Obsessed_-_Streetside-Blind_Lightning.zip.html

POSTADO POR PABLO

Stoned Spirit


Postado em 04/06/10
Não à toa, Scott 'Wino' Weinrich é considerado o ''Lemmy'' do rock'n'roll norte-americano. Sempre fiel ao que curte fazer, não desistiu da música mesmo depois de ver um projeto que consumiu 19 anos de sua vida acabar, logo depois de ter a melhor oportunidade de sua vida enquanto músico. Não por sua culpa. The Obsessed, sua banda na época, lançou um album maravilhoso, o The Church Within, em 1994, pela Columbia Records. Muito se gastou com a promoção do disco, mas infelizmente o Doom/Stoner rock nunca foi muito rentável (tema para um próximo post). Comercialmente, o disco foi um fracasso. A banda se separou. A cozinha rítmica deu origem ao ótimo grupo Goatsnake, e Wino se afundou no álcool. Até que, convencido por Dave Shermann (baixo), e Gary Isom (bateria), resolveu sair de sua toca e voltar a fazer música. E que música...
O Spirit Caravan surgiu em 1996 e não durou muito (a banda acabou em 2002), lançando apenas dois discos, quatro EP's e uma compilação dupla.
Ok, não devo ser a pessoa mais indicada pra falar dessa banda. Confesso que sou tarado pelo som desses caras. Mas a tentação de fazer com que mais alguém (pretensão!) conheça e venha a curtir o trabalho deles é grande demais...
O primeiro álbum, Jug Fulla Sun, é fantástico. Boa produção, boas composições, muito feeling, completamente stoner! Lançado em 1999, todo o disco é excelente, com destaque para a última música, "No Hope Goat Farm", simplesmente perfeita!
O segundo disco, Elusive Truth (2001), não é tão bom, mas mantém um alto nível no que diz respeito às composições. O grande problema nesse álbum é a produção, mas nada que torne o disco ruim. As músicas são mais pesadas, puxam um pouco mais para o Doom, mas continuam lisérgicas como todo bom stoner. Destaque para "Black Flower".
Me entristece muito ver bons trabalhos como esse serem desprezados. Wino é muito conhecido por seus vários projetos (St. Vitus, The Obsessed, Pile of Skulls, Hidden Hand, Shrinebuilder), considerado uma grande influência por sua maneira de tocar guitarra, mas suas bandas nunca aparecem com o destaque merecido. Alguns dos grupos citados acima realmente não me chamaram muito a atenção, porém outras (como o Obsessed e o Spirit Caravan), realmente deveriam ter um pouco mais de espaço. Triste ver um trabalho realmente bom ter um fim precoce...
Lágrimas a parte, quem curte rock'n'roll, muito feeling nas guitarras, cozinha precisa, provavelmente curtirá essa banda. Bom som pra ouvir tomando uma. Ótimo, álias. Psicodélico, lisérgico, paquidérmico como todo bom stoner, vindo de um cara que não desistiu do trabalho que sabe fazer bem...
Afinal, ele não é o Lemmy ianque a toa.


LINK PARA DOWNLOAD DO ÁLBUM JUG FULLA SUN (copiar e colar): http://www.megaupload.com/?d=E5SUWW7L 

POSTADO POR RAFAEL

Post Piloto

Postado em 02/06/10
Primeiro post...bem, indo direto ao ponto, bem vindo ao Die Hard! O objetivo deste blog será a pretensiosa tarefa de falar sobre Rock'N'Roll, não importando rótulos ou subtítulos (Glam, Shock, Hard, Stoner, Heavy, Progressive, Fusion, Punk, Sludge, Pop, Acid, Desert e todos os estilos que não recordei ou o que mais inventarem...), um pouco de Blues e Jazz e o que for relacionado...ou fizer algum sentido em estar aqui...
Tentando começar bem, o artista que estreará as postagens será o gênio performático Alice Cooper!
Nascido em 4 de Fevereiro de 1948, na cidade de Detroit, Vincent Damon Furnier inicou sua carreira artística já na década de 60, sem atingir grande repercussão.
Em 69, montou o Alice Cooper Group, que contava com Mike Bruce e Glen Buxton nas guitarras, Dennis Dunaway no baixo e Neil Smith na bateria. O sucesso não apareceu até que Bob Ezrin (produtor de grandes álbuns, como Berlim, de Lou Reed, e The Wall, do Pink Floyd), deu uns toques a respeito do potencial das performances do até então Vincent, explorando o macabro em seus shows.
Os discos lançados nesse período (com exceção do primeiro, que por sinal não é ruim) são excelentes, extremamente inventivos e diversificados, com pitadas de jazz, progressivo, hard e psicodelia.
Problemas com drogas e álcool encerraram essa fase. Vincent, já Alice Cooper, iniciou uma carreira solo profundamente marcada por suas interpretações marcantes e demônios interiores. Nesse momento ele lança um de seus trabalhos mais interessantes, o Alice Cooper Goes To Hell , maravilhoso álbum conceitual, produzido por Ezrin. Muito controverso, o disco fala sobre a condenação do artista ao inferno. Na verdade, fala sobre o alcoolismo do cantor, que o debilitou ao ponto do álbum não ter turnê de divulgação. Pesado (em todos os sentidos), versátil e triste. Essa fase seguiu magistralmente até o final da década de 70, quando o cantor, já mergulhado num inferno pessoal, lançou discos mais fracos e esquisitos (e alguns ele nem lembra ter gravado...).
Posteriormente, lançou álbuns bem pesados, puro hard rock dos anos oitenta, voltando ao inconformismo músical na década de 90 e permanecendo assim (que paradoxo!) até hoje...
Definir a carreira de Alice Cooper é um problema. Do rock extremamente mutante do início de carreira ao rock'n'roll teatral da fase solo, passando por um período new age, desenbocando num hard oitentista, voltando às origens, seguindo para o metal industrial e chegando a...não se sabe onde. O último disco, Along Came A Spider (que me decepcionou, confesso), álbum conceitual sobre um personagem recorrente em seus trabalhos, Steven, é bem pesado, heavy metal, mas não se pode dizer que o próximo trabalho será assim...e por isso que ele é tão bom!

álbuns recomendados:

love it to death - 1971
killer - 1971
school's out - 1972
billion dollar babies - 1973
muscle of love - 1973
welcome to my nightmare - 1975
goes to hell - 1976
from the inside - 1978
flush the fashion (com ressalvas...) - 1980
raise your fist and yell - 1987
trash - 1989
hey stoopid! - 1991
the last temptation - 1994
brutal planet - 2000
the eyes of alice cooper - 2003

LINK PARA DOWNLOAD DO ÁLBUM ALICE COOPER GOES TO HELL (copiar e colar): http://www.4shared.com/file/P5JfOBV3/1976_-_Alice_Cooper_Goes_To_He.htm

POSTADO POR RAFAEL